JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 22 de abril de 2012

A TORCIDA RUBRO-NEGRA RECEBE GEOVANI (GIBI) NO CEÚ!!!!

Era uma vez um Gibí Rubro-Negro

E por Geovane nada? E Pelo Sport tudo!!!

Geovane era folclórico, era bancário, era eletricista, era rubro-negro da Praça da Bandeira, era Sport Recife, era boêmio, era bebum; o que ele nunca deixou de ser foi um cidadão tuparetamense, que se não pudesse ajudar, fazer o bem, o mal também não faria ou traria para ninguém.

Sujeito honesto de inteligência singular, profissional de mão cheia, entendia de energia elétrica assim como gostava do Sport Club do Recife e ainda das suas “biritadas periódicas”.
Um cara pacifico, vivedor do mundo, Geovane era competente em sua investida, se fosse voltada ao trabalho, ao Sport ou a cachaça. Quando ele se dedicava a uma desses três, ninguém o faria melhor.

Pai de três filhos e pai e mãe de dois, Geovane teve em Rita sua melhor chance da vida. Mas o destino que trouxe-lhe um desproposito (o vício da embriaguês), se encarregou de expurga-lhe a esposa, aproximá-lo do ostracismo e condená-lo a uma vida de descrédito e solidão.
Os momentos felizes: nas vitorias do seu time o Leão da Ilha ou nas “emendadas alcoólicas”, quando se transpassava daquele homem trabalhador, profissional competente para o “Bêbado”.

Divertido e piadista, Geovane não deixava nada passar ao seu senso de humor, criava historias, contava historias, viveu historias hilárias e quase inacreditáveis, todas recheadas de situações inusitadas e divertidas.

Seu cotidiano? A conversa informal com os amigos todas as noites, na esquina de Cateta, a dedicação aos filhos que com ele ficaram, as torcidas pelo Sport, de um homem simples, mas que era adornado por sinceridade, porque quem dele se aproximava era de livre espontânea vontade, carinho ou até mesmo para sorrir um pouco dos casos e causos, contados e vivenciados por ele.

Mas um dia o jogo da vida chegou ao fim pra Geovane eletricista, Geovane do Sport, “Geovane Bebão” ou “Gato Gibi”. De repente sem saber dos acréscimos que o tempo lhe daria, seu time sai de campo, desfalca sua equipe familiar, a casa mal cuidada, mas recheada de amor e carinho perdeu seu dono.

Renato e Renan perderam seu pai, os amigos perderam um parceiro de gargalhadas, o engenharia elétrica perde um conhecedor empírico, o Sport perde um dos torcedores símbolos, a boemia perde um adepto e Tuparetama perde Geovane, um multifaces de bom coração  e de cidadania exemplar.

Ao fecharmos os olhos e abrir os nosso ouvidos, escuta-se baixinho um CASÁ, CASÁ, CASÁ; é a turma da FUSACA, se despedindo de um Gibi Rubro-Negro.

Eduardo Rabêlo

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