JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TARDES DE MINHA TERRA

Um vento passa alisando
As costas da capoeira
Quase sem fazer poeira
Passa so suavisando
O sol vai se ocultando
Lambendo as costas da serra
Um bezerro afoito berra
Por ser da mâe apartado
Parece um quadro pintado
Das tardes de minha terra.


Uma rolinha "ariada"
Bate no oitao e morre
Uma vaca magra corre
Por um cachorro acuada
Um peba numa baixada
Cava um buraco e se enterra
Um agricultor encerra
As fadigas do roçado.
Parece um quadro pintado
Das tardes de minha terra.


A sertaneja esmorece
A cabra "injeita" um cabrito
E o nhambù solta um grito
Que mais parece uma prece
A junta de bois parece
Com dois soldados de guerra
Um vaqueiro o gado ferra
Mesmo sem ser seu o gado
Parece um quadro pintado
Das tardes de minha terra.
Pe. Bras.

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