JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 15 de abril de 2013

BLOG DA POETISA VERÔNICA SOBRAL

sábado, 13 de abril de 2013



Prece de uma poetisa...



Pela mão da mulher que escreve versos,
Descrevendo a beleza do sertão...
Por aquela que usa a sua voz,
Pra, com música, acalmar o coração!
Por aquela, que em nome do amor,
Em seu hino acalenta tanta dor,
Atendei, ó Senhor, nossa oração!

                                        ( Veronica Sobral)


Meus rascunhos...

Soneto ao meu filho...
 
Toda vez que te vejo com a mão  
Estirada, pedindo o meu abraço,
 Eu percebo o meu tempo bem escasso,
 Em te dar meu carinho e atenção!
 
Quantas horas, meu filho, não te vejo
Mas eu quero que creias! - é verdade!  
Bebo goles imensos de saudade,  
Conto as horas do tempo e meu desejo
 
É voltar para casa e te encontrar,  
É sentir que és meu e te abraçar  
E sentir o sabor da poesia...
 
Pois no abraço do meu suor diário  
Tuas mãos aliviam o meu calvário  
Renovando árduas horas do meu dia!
                                                                   ( Veronica Sobral)

Poetisa do Pajeú!







POETISA ELENILDA AMARAL











Elenilda Bezerra do Amaral, nascida em 23/02/1987 na cidade de Tavares-PB. É paraibana por naturalidade e pernambucana de coração. É professora em Afogados da Ingazeira e membro efetivo da AAL Academia Afogadense de Letras. Adora a poesia popular e acredita que Educação com arte não educa apenas, mas transforma o homem num ser mais sensível, contudo mais humano.



Veja um dos sonetos dela:

Eu sinto fome

Por que culpam se sinto tanta fome
De justiça em um mundo tão insano
Onde o homem vivendo em desengano
Enganando a si mesmo se consome.

Minha fome é voraz, quase não come
Tal virtude é escassa ao ser humano
Que se perde em si mesmo ano após ano
Como um bicho, não há quem mude ou dome.

E por ser ou querer ser sempre justa
A angústia persegue e a mim me custa
Longas horas penando sem ter paz,

Mas não calo nem sendo torturada
Quero ter minha fome saciada
Que justiça querendo a gente faz.


Pajeú...



O Pajeú do repente...


O Pajeú, basta chover, de repente se transforma... O rio de versos, repleto de rimas, métricas e poesia fina anuncia, através de uma canção romântica, cantada pelo som das grotas que água vem junto com palavras que a vontade de escrever, provocada pela inspiração, torna-se concreta!
Entre um garrancho e outro, uma folha, um galho, os versos fluem e se tornam orações na boca do poeta! Entre rabiscos e letras, surgem sonetos, martelos, surgem sentimentos e emoções metrificadas.
“Certa vez, uma escritora realizando uma pesquisa por aqui, dize que o Sertão é tão poético que fala “cantando”, metrificando”, “procurando ritmo!”
Assim, é o Pajeú, seja rio ou região, repleto de versos metrificados até sem querer.
João Paraibano, um dos maiores poetas que canta a natureza, escreveu e descreveu o Pajeú neste soneto:

RIO PAJEÚ

Pajeú, teu cenário me encanta
Desde a voz do vaqueiro aboiador,
Ao Verão que desbota a cor da planta,
E a abelha que bebe o mel da flor.

O refúgio da caça que se espanta
No chiado dos pés do caçador,
A romântica canção que o rio canta
Na passagem de um ano chovedor.

Quando a chuva da nuvem inunda as grotas
O volume da água banha Brotas,
E onde a curva do rio faz um U...

Nasce um pé de esperança no teu povo;
Tudo indica que Cristo quando novo
Aprendeu a caminhar no Pajeú.

E, sentindo a felicidade do povo do Pajeú, em momentos de chuva, rabisquei:

Quando a chuva visita o nosso chão
E a água escorrega sobre a terra,
A boiada, feliz, chocalha e berra.
É riqueza que chega ao Sertão.
Nosso Rio Pajeú, em turbilhão,
Sai rasgando feliz a madrugada
E o barulho do sapo, da estrada,
É possível ouvir em sinfonia.
E o Sertão, com certeza, neste dia,
Comemora, em verso, a invernada!

As barreiras do rio desaparecem
E a água, numa forte correnteza,
Toma conta do cultivo da represa,
Num instante os torrões se umedecem.
Sertanejos, no entanto, não esquecem
Que sofreram com a seca no Sertão.
Fecham os olhos e fazem uma oração
Pra que a chuva não mude de lugar.
Seguem firme, pra roça, pra plantar
A semente de amor do coração!

E viva o Pajeú... o recanto da alma de cantadores cantada por Rogaciano Leite e reafirmado por Dedé Monteiro:

Se eu morasse muito além,
Onde nada me faltasse,
Talvez que nem precisasse
Cantar pra me sentir bem.
Sofro, mas canto também
Pra tristeza se mandar.
Se ela insistir em ficar,
Eu canto a canção das dores...
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!

Tive a sorte de nascer
Num chão que tanto me inspira,
Minha querida Tabira
Que me dá tanto prazer.
Se a seca me faz sofrer,
O verso me faz gozar,
Pois trago n'alma um pomar
Com frutos de mil sabores!
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!
(Dedé Monteiro)

O Pajeú se faz de pedaços de um povo que canta, improvisa e, assim, torna-se concreto com versos da alma de seu povo!

Veronica Sobral

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