JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 15 de abril de 2013

ELEIÇÕES A VISTA

Os leões disfarçados de cordeiros Estão soltos de novo na arena. - OS NONATOS

Em três meses o cerco se completa

Para o povo o poder espreme a massa

Candidatos parecem cães de caça

Rebanhando a pobreza analfabeta

Quando a falta de escrúpulo atinge a meta

A vergonha começa a quarentena

Da pobreza e do rico eu tenho pena

Quando crê no que cria os marqueteiros.

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



Muito em breve o mancomuno estará vindo

Mas ninguém se anime por enquanto,

Que em política é normal o diabo ser santo

E quem é bom prometendo é ruim cumprindo.

Até fim de Setembro é tudo lindo,

A saúde é exemplo, a lei é plena,

Mão de gato em Brasília não depena

O erário de tantos brasileiros.

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



Todo ano político as mesmas caras

Vêm fazer o replay das mesmas juras.

Nos conchavos fechados as escuras.

Doações que nem sempre são às claras.

Quem não vende uma empresa empenha um haras

E põe no fogo a fortuna que armazena.

Vai pra selva política ser hiena,

Como os outros abutres carniceiros

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



Tem políticos corruptos e corretos

Procurando elencados os seus recursos

Um palanque que escute seus discursos

Uma sigla que aposte em seus projetos

São longínquos as rotas, os trajetos,

Quando um cresce no Ibope, o outro engrena

E os vaqueiros do voto fazem cena

Visitando os currais eleitoreiros

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



Do político é o mérito da vitória,

O mandato das siglas coligadas.

Mas na farra das verbas desviadas

Somos nós que cansamos dessa história

Brasileiro é um povo sem memória

Escutando bobagem se aliena.

Com seu próprio direito se condena

Quando elege gatunos mensaleiros.

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



No nordeste eleitor morre na praia

Magalhães na Bahia são a lei,

Maranhão dos Tavares, dos Sarney,

Rio Grande dos Alves e dos Maia

Ceará dos Bezerra, dos Cambraia,

Paraíba dos Braga e de Lucena,

Com Sergipe dos Franco e tem Helena

De Alagoas dos Lessa e dos Calheiros,

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



Desde agora já da pra gente ver

Demagogo de toda qualidade

Pefelista pregando honestidade

Um peemedebista sem comer

Um petista chorando no poder

Tal e qual a Maria Madalena.

Um tucano assistindo até novena

E se infiltrando no meio dos romeiros

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



O Brasil financia os empossados

Que dos cargos que tem tiram proveitos

Presidente e o vice são eleitos

E os governos de vinte e sete estados.

São quinhentos e treze deputados,

Senadores são quase uma centena,

Desses todos no máximo uma dezena

De um currículo e de papo são herdeiros.

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



Em campanha se vê em todo canto

O retrato do Judas que nos trai

Um tapinha nas costas, como vai?

Diga os votos que tem que eu pago tanto.

Os políticos sorrindo, o povo em pranto,

Todo ano é a mesma cantilena

E pra ser feito até ponte de safena

Eles cobram propina aos empreiteiros

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.



Eleição é sinônimo de disputa

Marqueteiro sagaz, doador mala,

Candidato sabido enquanto fala

Eleitor inocente enquanto escuta.

Uma carta de crédito pra conduta,

De quem frente aos rivais não se apequena.

Que em pesquisa fraudada desordena

E bota os últimos nas vagas dos primeiros.

Os leões disfarçados de cordeiros

Estão soltos de novo na arena.

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