Homenagem de Dedé Monteiro a Vinicius Gregório - Lançamento do CD
E Dedé diz a Vinícius...
Vendo um Vinícius Gregório,
Este espantoso
rapaz,
Brilhar como
vem brilhando,
Fazendo os
versos que faz,
Talvez alguém
o condene:
“- Não é o
filho de Irene
De Agostinho
do sapato?...
De onde vem tanta
grandeza,
Tanta luz,
tanta esperteza?...
Como é
possível tal fato?...”
Foi
mesmo assim com Jesus,
Quando
milagres fazia:
“Esse
aí não é o filho
De
José e de Maria?”
Mas há uma
explicação:
Vinícius
nasceu no chão
Que só poesia
tem;
Chão de Jó,
Louro e Marinho,
E é filho de
um Agostinho
Que faz
“milagres” também:
Na festa deste
CD,
Em São José do
Egito,
Surpreendendo
os ouvintes,
Agostinho fez
bonito:
Tomou conta do
coreto,
Pegou este
bicho preto,
Com segurança
sem fim,
E, ante a
plateia espantada,
Sem titubear
nem nada,
Versejou
dizendo assim:
“Eu nasci no cariri,
Uma terra quente e fria.
Quente no mês de outubro,
Fria no mês de Maria.
Vim pra cá pra São José,
Pra minha grande alegria!
E aqui cumpri minha meta
Que foi fazer um poeta
Na Terra da Poesia!
E pr’eu não
ficar aqui
Falando nele e
no pai;
E pra ter
plena certeza
Que agora o
negócio vai,
Vou mostrar
quem é que presta
Chamando o
dono da festa
Pra vir, com
sua emoção,
Tomar as
rédeas da cena.
Ele é Poesia
plena!
Careca de
fazer pena,
Poeta que só o
cão!!!
Vinícius,
venha pra cá,
Demonstrar sua
magia.
Mas você pode
ser preso,
Até por quem
se arrepia,
Porque, neste
exato instante,
Você foi pego
em flagrante
Da droga da
Poesia...
Dedé Monteiro
13 de
abril de 2013
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